Revista Aretê Saúde Humana, Ano 6, Vol.6, Jan./Fev/Mar 2018, Série 07/02 p.24
(IN) SATISFAÇÃO DO ENFERMEIRO QUE ATUA NA ESTRATÉGIA
SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
1 Evandro Souza de Andrade
2 Andrea Coscelli Ferraz
3 Caio Luisi
2 Andrea Coscelli Ferraz
3 Caio Luisi
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DE ANDRADE,E.S; FERRAZ. A.C.; LUISI,C. Aretê Saúde Humana [Blog]. (In) Satisfação do Enfermeiro que atua na Estratégia Saúde da Família: Uma Revisão Integrativa. Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Oswaldo Cruz (FEOC) São Paulo – SP, 2018. Disponível em: https://aretesaudehumana.blogspot.com/2018/02/in-satisfacao-do-enfermeiro-que-atua-na.html
1- Aluno do Curso de Enfermagem da FEOC (Faculdade de Enfermagem Oswaldo Cruz)- Faculdades Oswaldo Cruz-São Paulo-SP
2- Profa Enf. Ms do Curso de Enfermagem da FEOC (Faculdade de Enfermagem Oswaldo Cruz)- Faculdades Oswaldo Cruz-São Paulo-SP
3- Prof. Enf. Ms. do Curso de Enfermagem da FEOC (Faculdade de Enfermagem Oswaldo Cruz)- Faculdades Oswaldo Cruz-São Paulo- SP
Contato do autor:evandro.sandrade@hotmail.com
RESUMO
Introdução: A presente revisão buscou na literatura evidenciar os fatores que levam a
satisfação do profissional enfermeiro enquanto atuante da Estratégia Saúde da Família (ESF),
antigo Programa Saúde da Família (PSF), visto que a ESF é uma forma de reordenar a saúde
pública do país, cabendo ao profissional Enfermeiro inserido nessa estratégia um papel
fundamental, juntamente com outros profissionais como prescreve o Ministério da Saúde,
organizar-se através do trabalho em equipe, planejamento e boa comunicação efetivar o
atendimento ao usuário e comunidade, sendo mais eficazes nesse processo, e para tal trabalho,
estar satisfeito e motivado, é uma ferramenta de suma importância, visto que estudos têm
correlacionado a satisfação pessoal e no trabalho com a alta produtividade. Objetivo: analisar
as evidências disponíveis na literatura acerca da satisfação do enfermeiro que atua na Estratégia
Saúde da Família. Método: o método utilizado nesse estudo foi a revisão integrativa que visa
investigar estudos já existentes, com vistas à obtenção de conclusões a respeito de um tema
particular, utilizando o Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), especificadamente nas
bases de dados da literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
na base de dados da Enfermagem (BDENF) e no Scientific Electronic Library Online
(SCIELO). Resultados: Após a leitura dos estudos foram encontradas duas categorias:
Satisfação e Insatisfação, onde a partir dessas foram destrinchados fatores relacionados aos
mesmos. Considerações Finais: Conclui-se nesse estudo a necessidade do conhecimento
deste tema, vista que seus efeitos repercutem não apenas a vida do profissional, mas também
de quem é cuidado. Dessa forma promover um ambiente satisfatório para os profissionais
desenvolverem um melhor trabalho, sabendo-se da relação entre a saúde do trabalhador com a
satisfação profissional segundo a literatura, cabe aos gestores utilizar desses fatores para tentar
evitar o sofrimento psíquico desses profissionais, consequentemente podendo deixar tais
profissionais satisfeitos com seu trabalho, podendo ter reflexo nos cuidados prestados.
Descritores: Estratégia Saúde da Família; Programa Saúde da Família; Satisfação;
Insatisfação; Saúde Ocupacional; Saúde do Trabalhador.
1. INTRODUÇÃO
A satisfação profissional e o trabalho são atividades fundamentais na vida de todo e
qualquer indivíduo, sendo assim o trabalhador ou trabalhadora não deve ser considerado apenas
como uma parte econômica, mas, como seres com natureza psíquica, social, intelectual e moral,
sendo assim essencial que se sintam satisfeitos tanto na vida pessoal como profissional, pois o
trabalho ocupa parte considerável da vida, podendo ser fonte de sofrimento e de fadiga para uns
e de prazer para outros, também sabendo que o ambiente tem uma grande influência nesse
sentimento a satisfação profissional apresenta uma ligação direta com o bem estar do indivíduo.
Por esse motivo a satisfação profissional é um tema associado a diversos estudos e vem
demonstrando interesse de pesquisadores e estudiosos da área, devido às consequências que o
mesmo pode proporcionar, tanto na área da saúde, quanto na qualidade de vida dos
trabalhadores e das organizações, onde os níveis de produtividade são refletidos por tal
sentimento. Esse tema tem sido particularmente demonstrado por psicólogos, principalmente
da área organizacional, ao longo dos anos a partir da década de 30 (CURA, 1999).
Estudos recentes têm encontrado relações inversas entre os temas satisfação e
sofrimento no trabalho (Mendes; Morrone, 2002) e entre satisfação e estresse ocupacional
(Lesowitz, 1996). Dessa forma suspeita-se que altos índices de insatisfação com o trabalho
possam produzir altos níveis de sofrimento mental que podem levar o trabalhador a desenvolver
certas síndromes ou doenças relacionadas ao trabalho, como estresse ocupacional, doenças
cardíacas, doenças alérgicas e a síndrome de burnout, que definido por Maslach e Leiter (1997)
é uma condição extrema demonstrando um quadro de frustração ou fadiga, tensão emocional,
esgotamento e falta de energia para lidar com a rotina profissional. Além disso, insatisfação
tem estado associada negativamente com desempenho no trabalho e comportamentos pró-ativos
(Meleiro & Siqueira, 2005 citado por MARTINS; SANTOS 2006).
A satisfação do trabalhador perante seu trabalho foi uma das questões mais estudadas
no século XX. Taylor (1947) considerava que satisfação no trabalho era uma atitude relativa à
filosofia do trabalhador acerca da cooperação com a gerência de sua visão e de seus próprios
interesses (Martins, 1984, p. 2). Para Taylor, aspectos como fadiga e salário influenciavam a
satisfação e produtividade. Já segundo Martins (1954), um grupo de pesquisadores de
Hawthorne ampliou os fatores relacionados à satisfação, incluindo outros aspectos, como
pausas para descanso, importância dos grupos informais de trabalho, da supervisão recebida, a
percepção que o trabalhador tinha do seu trabalho, dentre outros. Assim demonstraram que o
salário, ao contrário do que afirmava Taylor (1947), não era um aspecto tão importante na
satisfação no trabalho. Uma outra fase de estudos ocorreu durante a Segunda Guerra, quando o movimento das relações humanas deu ênfase ao crescimento mental do trabalhador como
principal causa da satisfação. Para esse movimento, redefinir o trabalho, tornando-o mais
desafiante e rico, mostrava a responsabilidade e o cuidado da empresa para com o trabalhador,
o que aumentava a sua satisfação. Revendo os estudos da área, pode-se perceber que a satisfação
no trabalho tem sido definida quanto a seus aspectos causais mais relevantes e ao modo como
eles podem ser combinados (MARTINS; SANTOS, 2006).
Já Locke (1976), definiu satisfação como um estado emocional agradável ou positivo,
que resulta de algum trabalho ou de experiências no trabalho. Martins (1984), baseando-se na
definição de Locke, afirmava que o homem usa de sua bagagem individual de crenças e valores
para avaliar seu trabalho e essa avaliação se mostra num estado emocional que, se for agradável,
produz satisfação, já, se for desagradável, leva à insatisfação. Portanto, a satisfação no trabalho
é uma variável de natureza afetiva e se constitui num processo mental de avaliação das
experiências no trabalho que resulta num estado agradável ou desagradável.
Acreditamos que o profissional Enfermeiro atuante na Estratégia Saúde da Família
possua uma grande satisfação no seu trabalho apesar de possuir inúmeras atribuições e
responsabilidades, pois realiza seu trabalho de cuidar da saúde de diversas famílias.
As explicações sobre satisfação profissional derivam das teorias da motivação. A
motivação é um conceito anterior à satisfação no que diz respeito ao ciclo motivacional. Assim,
a motivação refere-se à tensão gerada por uma necessidade e a satisfação expressa a sensação
de atendimento da necessidade (Steuer, 1989 citado por FERREIRA, 2011). A motivação é
explicada pela força que estimula o sujeito a atuar de determinada forma e a desenvolver
determinada quantidade de esforço, sendo este esforço em função do valor que a recompensa
apresenta para o indivíduo e da probabilidade de recompensa (FERREIRA, 2011).
A teoria de Maslow assenta em dois pressupostos: por um lado as pessoas são motivadas
pelo desejo de satisfazer determinado tipo de necessidades e, por outro, estas necessidades são
universais e estão organizadas de forma sequencial e hierarquizadas. Maslow distingue cinco
níveis de necessidades representadas graficamente por uma pirâmide. Assim, nomeando-as da
base para o topo, temos as necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades
sociais, necessidades de estima e necessidades de auto realização (MARTINS, 2012).
As necessidades primárias referem-se à sobrevivência e bem-estar físico: fisiológicas (alimento, repouso, abrigo) e de segurança proteção contra o perigo, doença, incerteza). As secundárias são respeitantes ao bem-estar mental: sociais (relacionamento, aceitação, amizade, compreensão, consideração), estima (status, autoestima, reconhecimento, admiração pelos outros) e auto realização (auto desenvolvimento, autoestima) MARTINS, (2012). O Enfermeiro é um profissional do qual é exigido muita dedicação, já que o mesmo além de cuidar da integralidade do paciente e de suas famílias, analisa todas as necessidades básicas e específicas que ele necessita, assim fazendo a integração entre indivíduos de todas as idades, familiares, grupos e comunidades, doentes ou sadios e em todos ambientes sendo eles hospitalares ou não. Com isso fica imprescindível citar a satisfação do Enfermeiro que atua na Estratégia Saúde da Família mostrando como surgiu esse sistema que veio para fortalecer e efetivar o laço desses profissionais com a comunidade. O Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no Brasil na metade da década de 1990, em um contexto político e econômico bastante conflituoso, marcado pela contradição entre a consolidação da saúde, com o advento da Constituição Federal de 1988 (a concretização de um sistema de Seguridade Social) e o desenvolvimento do neoliberalismo, através de uma série de medidas de reformas do estado na lógica do capital, denominadas ajuste estrutural (DALPIAZ; STEDILE 2011, BRASIL, 1988). O PSF (Programa de Saúde da Família) surgiu no Brasil em 1994, intitulando-se, ser uma estratégia para reorientar, reorganizar e reformular o modelo assistencial em saúde já existente, que naquela época estava centrada na doença e no médico, não no indivíduo, e nem na equipe de saúde como deveria ser. Este modelo é denominado de modelo médicohegemônico. (DALPIAZ; STEDILE, 2011). No sentido da reorientação/reorganização/reformulação do modelo o programa serviria aos pressupostos básicos de universalização de acesso e integralidade de assistência. Assim em 2006 o PSF deixou de ser programa e passou a ser uma estratégia permanente na atenção básica em saúde, justamente por que o programa possui tempo determinado e estratégia é permanente e contínua. Desse modo passou a ser denominado de Estratégia Saúde da Família – ESF (DALPIAZ; STEDILE 2011). A ESF foi implantada no Brasil, juntamente o Pacto em Saúde (2006) que se divide em três componentes centrais: pacto pela vida, em defesa do SUS e de gestão. O Pacto afirma surgir com a finalidade de consolidar o SUS, buscando fortalecer principalmente a Atenção Básica em saúde e focalizando em ações de promoção a saúde (DALPIAZ; STEDILE, 2011). Os autores acima ainda afirmam que há evidencias demonstrada em vários documentos que a ESF tem por princípios os mesmos que norteiam o SUS, os da Atenção Básica em saúde e os próprios da estratégia, que se constituem, no conjunto, como aspectos que visam à garantia da saúde como direito de todo cidadão e dever do Estado, buscando a qualidade dos serviços prestados e o acesso aos mesmos. Importante citar ainda que segundo os princípios da atenção básica enfatizam a questão do cuidado, do vínculo e da continuidade, que não são enfatizadas nos princípios do SUS. O princípio do vínculo e da continuidade refere-se à construção de “laços” entre os profissionais em saúde e a população usuária do SUS, garantindo a permanência no atendimento dos mesmos. Esse princípio tem relação com o da participação social, pois, a construção do vínculo também se dá através do incentivo aos usuários de participarem na melhoria do SUS. Isso ocorre, por meio das conferências e de conselhos de saúde, onde os usuários têm direito reservado para a participação. Já neste momento podemos salientar o quão difícil é o trabalho dos profissionais das equipes, sendo um deles o Enfermeiro que no compromisso com seu trabalho e criação deste vínculo e continuidade do cuidado pode gerar satisfação ou insatisfação com o seu trabalho. Por ser crescente o consenso de que o desempenho desses profissionais afeta profundamente a qualidade dos serviços prestados e o grau de satisfação dos usuários, são necessários também incentivos que apoiem a permanência de profissionais nessa área, de modo que possa reduzir a rotatividade dos profissionais e estabelecer a fixação das ESF implantadas (COSTA, et al 2012). É visível também que a implantação da ESF é permeada por desafios, pois ela visa mudar um modelo assistencial que está impregnado nas ações em saúde, o que requer constante aperfeiçoamento dos profissionais para que reformulem suas práticas, para que as ações em saúde sejam garantidoras do acesso, da integralidade, da equidade, e de eficiência nos serviços prestados, voltados para as necessidades da população usuária. Desafios esses que apontam para a importância e potência da Estratégia em gerar mudanças reais e impactar a qualidade de vida da população.
2. OBJETIVO
O presente estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura
acerca da satisfação do enfermeiro que atua na Estratégia Saúde da Família.
3. MÉTODO
3.1. TIPO DE ESTUDO:
Trata-se de uma revisão integrativa que se caracteriza pela investigação de estudos já
existentes, com vistas à obtenção de conclusões a respeito de um tópico particular. A revisão
integrativa é uma ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão
de estudos experimentais e não experimentais para a compreensão do fenômeno analisado. A
opção por este tipo de pesquisa se deu pela sua conveniência na análise da literatura em relação
a estudos já concluídos (CHAVES et al., 2014).
Segundo Fadel (2008), existem muitas controvérsias a respeito do conceito de satisfação
e interesse no trabalho, o que dificulta seu estudo e sua compreensão, bem como o entendimento
das variáveis que a ele se relacionam, pois essa satisfação profissional é um estado emocional
resultante do prazer que adquire com experiências do trabalho. Portanto considerando o
ambiente vivenciado pelos profissionais das equipes de Saúde da Família como fontes
geradoras, principalmente, de estímulos externos sendo eles positivos ou negativos. Assim
emerge como pergunta norteadora “Qual a satisfação do Enfermeiro que atua na Estratégia
Saúde da Família”
Esta revisão integrativa cumpriu criteriosamente seis etapas: elaboração da questão
norteadora; definição das características das pesquisas primárias da amostra; seleção das
pesquisas que compuseram a amostra da revisão; análise dos achados dos estudos incluídos na
revisão; interpretação dos resultados e relato da revisão, o que proporcionou o exame crítico
dos achados (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
3.1.1 Primeira Etapa: Questão Norteadora
Para conduzir a revisão integrativa, formulou-se uma questão norteadora ou uma
hipótese para daí definir os critérios de inclusão e exclusão do estudo.
Neste estudo procurou-se responder a seguinte questão norteadora: Qual a satisfação do
Enfermeiro que atua na Estratégia Saúde da Família?
3.1.2 Segunda Etapa: Critérios para inclusão e exclusão dos estudos
Esta etapa está fortemente vinculada à anterior, pois a abrangência do assunto a ser
estudado determina o procedimento de amostragem. Após a formulação da questão de pesquisa,
inicia-se a busca nas bases de dados para identificar os estudos que serão incluídos na pesquisa. Foram utilizados como critérios de elegibilidade: estudos disponibilizados
integralmente online; estudos publicados em periódicos no idioma português e espanhol, no
período de 2008 a 2017. E, foram excluídos os trabalhos que não competiam ao objetivo do
estudo e que não estivessem disponíveis na íntegra no formato eletrônico. Os estudos que
estavam repetidos em mais de uma base de dados foram contabilizados apenas uma vez, sendo
de interesse para esta pesquisa reunir estudos de países com realidades semelhantes a brasileira.
3.1.3 Terceira etapa: Definição das informações a serem extraídas dos estudos/Coleta de
dados
Nesta etapa se definem as informações a serem extraídas dos estudos que foram
selecionados para reunir e sintetizar as informações-chave. O revisor tem como objetivo nesta
etapa, organizar e sumarizar as informações de maneira concisa, formando um banco de dados
de fácil acesso e manejo. Será definido o período de busca dos artigos, as bases de dados e a
definição dos descritores (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
As fases de coleta, processamento e análise de dados ocorreram entre os meses de
Outubro e Novembro de 2017. Para o estudo foram utilizadas publicações indexadas no Portal
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), especificadamente nas bases de dados da literatura
Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na base de dados da
Enfermagem (BDENF) e no Scientific Electronic Library Online (SCIELO).
Para o presente estudo foram utilizados os descritores: Estratégia Saúde da Família;
Programa Saúde da Família; Satisfação; Insatisfação; Saúde Ocupacional; e Saúde do
Trabalhador, conforme a classificação dos descritores em ciência da saúde (DECS).
3.1.4 Quarta etapa: Avaliação dos estudos incluídos na revisão
Esta etapa é equivalente à análise dos dados em uma pesquisa convencional, na qual há
o emprego de ferramentas apropriadas. Para garantir a validade da revisão, os estudos
selecionados devem ser analisados detalhadamente. Precisa ser realizada de forma crítica,
procurando explicações para os resultados diferentes ou conflitantes nos diferentes estudos
(MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Após a leitura dos estudos selecionados, foi realizado uma tabela contendo: autor/ano,
título da obra, método utilizado no estudo, objetivo e conclusão.
3.1.5 Quinta etapa: interpretação dos resultados. Esta etapa corresponde à fase de discussão dos principais resultados na pesquisa
convencional. Consiste na síntese, discussão e comparação dos principais resultados obtidos
pela leitura dos estudos e preenchimento do instrumento utilizado (MENDES; SILVEIRA;
GALVÃO, 2008).
3.1.6 Sexta etapa: apresentação da revisão/dados A revisão integrativa deve incluir informações suficientes que permitam ao leitor avaliar a pertinência dos procedimentos empregados na elaboração da revisão, os aspectos relativos ao tópico abordado e o detalhamento dos estudos incluídos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008)
3.1.6 Sexta etapa: apresentação da revisão/dados A revisão integrativa deve incluir informações suficientes que permitam ao leitor avaliar a pertinência dos procedimentos empregados na elaboração da revisão, os aspectos relativos ao tópico abordado e o detalhamento dos estudos incluídos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008)
4. RESULTADOS
Foi realizado o levantamento na literatura referente ao tema proposto, conforme
metodologia apresentada anteriormente. Neste foram identificados 34 estudos, após uma leitura
flutuante, onde foi aplicado os critérios de inclusão e exclusão, sendo selecionados 12 estudos,
os quais foram submetidos à leitura aprofundada e logo após, categorizados em dois eixos
principais.
Os estudos foram inseridos em um quadro considerando autor/ano, título da obra,
método utilizado no estudo, objetivo e conclusão.
Quadro 1. Relação dos estudos utilizados para análise.
Fonte: Lilacs, BDenf e Scielo, 2017.
Para um melhor entendimento desse processo de seleção dos estudos, foi elaborado um quadro com as informações gerais.
QUADRO 2- Relação gerais dos estudos utilizados.
Fonte: Do presente estudo.
Após a leitura aprofundada dos estudos surgiram duas categorias acerca do tema
proposto: Satisfação e Insatisfação, no qual os achados nos estudos foram destrinchados dentro
dessas duas categorias
5. DISCUSSÃO
5.1 SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO NO TRABALHO
O presente estudo buscou analisar acerca do motivo ou motivos que trazem satisfação
no trabalho do enfermeiro enquanto atuante na Estratégia Saúde da Família. Dessa forma os
conteúdos observados em relação a satisfação do Enfermeiro no trabalho, constatou-se na
leitura dos estudos selecionados os fatores: a satisfação com o reconhecimento profissional
podendo ser entendido como o “gostar do que faz”, ou seja, realizar um trabalho com que se
tenha gosto para atuar; o “vínculo” que se constroem principalmente no acolhimento, onde é
considerado por muitos dos profissionais como um aspecto essencial da equipe para com o
usuário e comunidade, e por último o “trabalho em equipe” que para Machado (2016), surgiu
como uma metáfora, mostrando o comprometimento existente entre os profissionais em uma
relação de ajuda mútua, entendida como uma forma colaborativa para que se tenha troca de
informações e olhares diferentes aumentando a eficácia da resolubilidade para o usuário.
Contudo, também foram encontrados fatores relacionados a insatisfação no trabalho,
cujo tema deva estar associado a satisfação para que dessa forma se tenha um melhor
entendimento. Dentre os fatores achados, os entendidos como mais pertinentes foram:
sobrecarga de trabalho ou excesso de trabalho e infraestrutura sendo ela em razão de materiais
ou estrutura física propriamente dita. Sendo esses os fatores mais significativos, visto que os
demais fatores encontrados foram mencionados em menor frequência.
Segundo Lima et al (2014), o “gostar do que faz” têm base na teorização de Christophe
Dejours e na teoria Marxista, pois nessa teoria diz que o trabalho humano ocorre num processo
de transformação para atender necessidades e em uma perspectiva filosófica, consiste em um
pensamento criativo por parte do trabalhador em se projetar na sua obra. Essa relação de
identificação se dá pela forma do profissional se ver atuando de fato no processo do cuidado do
usuário e não somente no processo de executar as tarefas. Seguindo essa linha de raciocínio
Rosenstock (2011 apud Martins; Santos 2006), fala que esse auto reconhecimento profissional
é uma variável de natureza afetiva e se constitui em um processo de avaliação mental das
experiências de respeito e dignidade no trabalho que resulta num estado agradável ou
desagradável, sendo esse processo influenciado pelas crenças, valores e possibilidades de
desenvolvimento do trabalho, visto que não estaria realizando de fato seu papel, assim, caso
essa experiência seja negativa pode surgir para esse profissional o sentimento de falta de
realização profissional, que para Trindade; Lautert (2010) se refere ao sentimento de
insatisfação, baixa autoestima, sensação de fracasso profissional e desmotivação com as atividades do trabalho. Sendo essa falta de realização profissional um dos indícios da Síndrome
de Burnout, caracterizando-se por três aspectos: auto percepção de desgaste emocional;
despersonalização e falta de realização profissional do indivíduo, influenciando de forma
negativa a vida do profissional e refletindo na vida do usuário e comunidade.
Outro achado importante foi a questão do vínculo, que nesse contexto Machado et al
(2016) dizem ser uma ferramenta fundamental para que as equipes da Estratégia Saúde da
Família consiga atender ao usuário e comunidade, claro também indo ao encontro com os
preceitos dessa estratégia, sendo caminho para a assistência integral. No que se diz respeito a
ESF como sendo uma reorganização e fortalecimento da atenção básica e sendo reconhecida
como uma medida para realizar mudanças por intermédio da ação integralizada de equipes, da
atenção territorializada, do entendimento e compreensão da família e comunidade como um
todo e de intervenções baseadas no estabelecimento de vínculos entre os profissionais de saúde
e comunidade, fica de fato imprescindível ter profissionais com perfis dessa estratégia,
profissionais que entendam todo o processo que envolve a ESF para que dessa forma,
juntamente com os outros profissionais da equipe multidisciplinar possam efetuar de maneira
eficaz o papel do cuidado.
Já em relação ao trabalho em equipe sendo outro achado nos estudos, Lima et al (2014),
dizem que quando o trabalho é realizado em equipe, de forma colaborativa, havendo
compartilhamento dos objetivos e soma dos esforços para um resultado pensando no coletivo,
aumenta a eficácia do atendimento e contribui para uma maior satisfação no trabalho, que
segundo ele, vai de acordo com os achados na literatura em relação ao trabalho de equipes de
saúde. Porém, Shimizu e Carvalho, Junior (2012) não compartilham desse mesmo
entendimento, pois para ele as relações profissionais nas equipes da Estratégia Saúde da Família
apresentam-se como uma situação grave no contexto do trabalho, havendo dificuldades na
comunicação entre os profissionais e suas chefias, havendo falta da integração no trabalho,
sendo a comunicação entre ambos fortemente insatisfatória, sendo esses problemas
atrapalhando todo o processo idealizado como certo na ESF. O mesmo autor relata que em
outros estudos realizados em ESFs, mostram que a comunicação também é realizada com
dificuldade, impedindo dessa forma a cooperação entre os profissionais e as equipes, seja na
troca de informações, na identificação de problemas ou na elaboração de soluções, dessa forma
seguindo a mesma conclusão Ribeiro; Martins (2011), apresentaram em seu estudo que a falta
de comunicação no trabalho em equipe é colocada como empecilho para o desenvolvimento
das relações em equipe. Trazendo dessa forma o sofrimento psíquico novamente em questão na
vida dos profissionais de saúde como relata o estudo de Carreiro et al (2013), onde a saúde mental é influenciada diretamente pelas condições de trabalho, sendo essa falta de comunicação
e trabalho de equipe um possível fator de desgaste psíquico.
Em relação a sobrecarga de trabalho Lima et al (2014), dizem que a literatura é farta no
que diz respeito a identificação da relação da insatisfação e aumento da carga de trabalho e
sobrecarga de trabalho com as más condições de serviço, e que para a proposta inovadora da
ESF funcione conforme suas diretrizes depende de outras condições como: jornadas de trabalho
adequada; organização do trabalho; modelo gerencial mais horizontal e participativo;
instrumentos de trabalho em quantidade e qualidade, dentre outros, para que dessa forma
possam oferecer cuidados eficazes e seguros tanto para os usuários como para com os
profissionais. Carreiro et al (2013), citam que o quadro de desemprego pode ser um fator
importante para que os profissionais possam ficar apreensivos a ponto de se submeterem às
relações precárias de trabalho, outro ponto de vista é o de Silva et al (2013), dizendo que ao
longo da atuação do enfermeiro esse profissional tende a ir aceitando certas situações de risco
como inerentes à própria profissão, submetendo-se a trabalhar em condições insalubres,
seguindo o raciocino de Carreiro et al (2013). Diante das alegações desses autores o excesso de
trabalho pode ser a indicação mais precisa referente ao desequilíbrio do profissional com o seu
trabalho, consequentemente afetando sua qualidade de assistência ao usuário. Ainda segundo
Silva et al (2013), um profissional que realiza mais de uma tarefa ao mesmo tempo estará mais
exposto ao excesso de trabalho visto desta forma que o profissional não estará atento para
realizar nenhuma das atividades com eficiência, já que esse acúmulo de tarefas irá exigir mais
esforço do que o habitual podendo lhe causar sofrimento psíquico consequentemente
insatisfação no trabalho tornando uma cascata de insatisfação pois esse profissional não
contemplará o usuário como um todo.
Outro fator correlacionado com a insatisfação no trabalho achado nos estudos foi a
questão da infraestrutura, seja ela por falta de materiais, por falta de mão de obra e dessa forma
sobrecarregando outro profissional ou por problemas na própria infraestrutura, esse último
evidenciado no estudo de Duarte; Avelhaneda; Parcianello (2013), onde referem que os
entrevistados de seu estudo citam que o espaço físico de sua unidade era pequeno para atender
as necessidades da equipe e dos próprios profissionais, necessitando de reforma para ampliação
da unidade para o atendimento mais humanizado da comunidade. O fator falta de materiais e
estrutura física também é visto no estudo de Shimizu; Carvalho, Junior (2012), visto que essa
situação gera desgaste desse profissional, aumentando sua insegurança no trabalho e da
comunidade aos serviços a ela prestados. Segundo esse mesmo autor, estudos apontam para
uma possível justificativa em relação à essa precariedade de condições de trabalho, dizendo poder estar associada a inadequação da distribuição dos recursos financeiros, mas como não é
o intuito dessa revisão entrar nesse quesito, fica no ar para futuras pesquisas gerando discussões
no âmbito da gestão, visando melhorias das condições de trabalho que afetam diretamente a
saúde desses profissionais e consequentemente a comunidade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão permitiu identificar os fatores considerados mais relevantes frente à satisfação
profissional do enfermeiro enquanto atuante da Estratégia Saúde da Família visto que a
insatisfação diante desses estudos também está atrelada ao tema, o estresse surgiu nos estudos
e está altamente ligado a satisfação do profissional no trabalho, consequentemente afetando o
atendimento do usuário e comunidade. Dessa forma foram encontrados nos estudos como
pontos relevantes que corroboram para a satisfação no trabalho os fatores: reconhecimento
profissional, entendido subjetivamente como o gostar do que faz; o vínculo, realizado através
do acolhimento e entendido para os profissionais como um papel importante nessa estratégia; e
o trabalho de equipe, que como visto na leitura dos estudos é entendida como um fator que pode
desencadear tanto a satisfação quanto á insatisfação. Já em relação aos fatores que podem
desencadear a insatisfação foram encontrados os fatores: sobrecarga de trabalho que pode estar
atrelada à o excesso de trabalho; e infraestrutura que atrelado a esse tema entra a falta de
materiais básicos para o atendimento do usuário e comunidade; a falta de recursos de pessoal,
e desta forma sobrecarregando outros profissionais; e os problemas com a infraestrutura
propriamente dita. Ressaltando dessa maneira que esses fatores que afetam a saúde e
consequentemente a satisfação desses profissionais, necessitando de ampla discussão pelos
gestores, visando uma melhoria das condições de trabalho. Entendendo-se também que a
promoção da saúde desses profissionais é de suma importância, onde essa boa satisfação
profissional será refletida em suas atividades diárias, inclusive o cuidado propriamente dito,
sendo essa satisfação almejada tanto dentro mas também fora do trabalho.
Espera-se que com esse trabalho, aumente a produção de estudos acerca desse tema
buscando ações que resultem na satisfação profissional e consequentemente a qualidade no
atendimento ao usuário e comunidade.
REFERÊNCIAS
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